Revitalizando a Vida no Campo: Expandindo Horizontes e Oportunidades
A emigração rural refere-se à migração em grande escala de pessoas das zonas rurais para as cidades em busca de melhores condições de vida, o que trouxe enormes desafios às cidades e às zonas rurais. Para aliviar estes problemas e promover um desenvolvimento equilibrado e sustentável, devem ser implementadas estratégias para melhorar as condições de vida rural e atrair a população de volta para casa. Os investimentos em infraestruturas, educação, formação e práticas agrícolas sustentáveis são fundamentais para tornar as zonas rurais uma opção viável e atrativa, ajudando a alcançar um futuro em que as zonas urbanas e rurais sejam harmoniosas e prósperas.
Observando o cenário atual do Brasil, percebe-se que a população urbana excede a rural, refletindo a crescente urbanização desenfreada. O processo que explica essa circunstância é chamado êxodo rural, nomeia-se êxodo rural o processo de migração de pessoas da zona rural para a urbana, isto é, a saída de cidadãos rurais com direção às metrópoles. No entanto, essa migração em massa pode trazer uma série de problemas, tanto para as cidades quanto para as áreas rurais.
Diante do exposto , esta página propõe-se a explorar formas de melhorar essa situação e trazer mais pessoas de volta para o campo de forma sustentável.
Desafios do Êxodo Rural
Muitas causas explicam esse processo de migração, motivado por inúmeros fatores, que incluem a busca por melhores oportunidades de emprego, melhores circunstâncias de vida e melhor acesso a serviços de saúde e educação. Nesse sentido, esse movimento também resulta em desafios significativos:
Despovoamento rural:
o abando das áreas rurais é um fenômeno influenciado por uma combinação de fatores econômicos, sociais, ambientais, tecnológicos, culturais e políticos. Nesse sentido, o fator tecnológico muitas vezes está relacionado ao fato de muitos indivíduos terem pouco acesso ou até mesmo nenhum contato com a tecnologia.
Superlotação urbana:
o aumento desenfreado dos centros urbanos leva a uma densidade populacional excessiva nas cidades, pressionando a infraestrutura urbana que resulta em complicações, como moradias precárias, desemprego, favelização, desigualdade e violência.
Desigualdade social:
o êxodo rural pode também aumentar a desigualdade social, com pessoas que de baixa renda enfrentando dificuldades em busca de uma melhor qualidade de vida. Visto que as grandes cidades não estão preparadas para o grande número de pessoas que a ocuparão em decorrência do êxodo.
Entretando, por que não reverter esse problema incentivando a volta e a permanência das pessoas para o campo com boas oportunidades para uma melhor qualidade de vida?
Dessa forma, consideramos indispensável intervir sobre esse cenário, mas como fazer isso? Temos em jogo o bem-estar da população, o combate à desigualdade social, a busca por qualidade de vida, entre outros fatores interligados à população rural que refletem também nas grandes cidades.
Essa luta também é dever das políticas públicas e do Estado, devendo-se preocupar em desenvolver programas de qualificação para o trabalho agrícola moderno, colocando em pauta as novas tecnologias do campo e também a preservação e proteção do meio ambiente, através de cursos gratuitos fornecidos em escolas públicas pelo Brasil. Para alcançar mais pessoas, devese divulgar o programa nas redes sociais do governo. Paralelamente, é preciso intervir sobre a má influência midiática; assim, esta precisa divulgar o programa governamental de qualificação para o trabalho agrícola. Dessa maneira, será possível superar a “cegueira social” em relação à importância do campo para a cidade e às oportunidades que estas devem gerar.
Um grande avanço no incentivo à permanência, principalmente dos jovens no campo, está relacionado às Casas Familiares Rurais e aos Colégios Agrícolas.
As Casas Familiares Rurais (CFRs) e os Colégios Agrícolas desempenham um papel fundamental quando pensamos em desenvolvimento rural e emprego de tecnologias para uma agricultura sustentável e moderna. Essas instituições de ensino oferecem cursos técnicos e profissionalizantes, com objetivo de preparar os jovens para que superem desafios no campo e que tenham incentivos para garantir sua permanência nesse meio.
Conhecendo mais...
Casas Familiares Rurais (CFRs)
As Casas Familiares Rurais são instituições educacionais que possuem uma metodologia de alternância, nessa metodologia os alunos organizam seu tempo dividindo-o entre a escola e a propriedade familiar. Desta forma, a ideia dessa metodologia é aplicar os conhecimentos adquiridos em sala de aula em suas atividades agrícolas diárias. Em resumo, as CFRs oferecem uma educação integral que além das disciplinas da Base Nacional Comum Curricular, foca também em técnicas agrícolas, gestão de propriedades, empreendedorismo e desenvolvimento comunitário.
Colégios Agrícolas
Os Colégios Agrícolas são instituições de ensino médio técnico que oferecem cursos voltados para as áreas relacionadas a agricultura. Esses colégios possuem uma infraestrutura adequada, podendo ter laboratórios, áreas experimentais, parcerias com empresas, entre outros interligados a mesma área, objetivando formar profissionais para atuar no mercado de trabalho rural.
Impacto na Comunidade...
A presença das Casas Familiares Rurais e dos Colégios Agrícolas nas comunidades rurais traz inúmeros benefícios.
Elas contribuem diretamente para a redução do êxodo rural, gerando oportunidades de educação e emprego no campo, movimentando o desenvolvimento econômico local a partir de técnicas e tecnologias capazes de aumentar a produtividades e ao mesmo tempo garantir qualidade e sustentabilidade nos produtos produzidos, também fortalecendo a comunidade, criando líderes capazes de gerenciar e promover mudanças positivas.
Podemos dizer que investir nessas instituições, é também investir em um futuro do campo, buscando prosperidade, sustentabilidade, inovação, integração com as grandes cidades, promovendo uma sociedade mais equilibrada e justa.
